sexta-feira, 31 de agosto de 2007

NOVOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS

NOVOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS

A partir dos anos 50, passou a ocorrer uma intensificação no processo de expansão das multinacionais em direção a diversas regiões do mundo. Com esse processo, a produção industrial, até então concentrada na Europa, no Japão, nos Estados Unidos e no Canadá, passou a se disseminar por vários países.
Num primeiro momento, os países sub­desenvolvidos que mais receberam filiais das multinacionais foram Brasil, Argentina, México e África do Sul, todos com grande mercado consumidor e com capacidade de processamento de algumas matérias-primas necessárias às multinacionais. Posterior­mente, a partir de meados da década de 60, tal processo de expansão das multinacionais e disseminação da atividade industrial atingiu a Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura. Todos esses países que passaram por um processo de industrialização mais intensa após a década de 50 recebem a denominação de NICs (Newly Industrialized Countries). Mais recentemente ainda, a partir dos anos 80, outros países do sudeste asiático começaram a ter, gradativamente, a indústria como um setor importante da economia. É o caso da Malásia, da Tailândia e da Indonésia.
Se observarmos em um mapa, as áreas de maior concentração industrial não se restringem mais aos países desenvolvidos do hemisfério Norte. Fora das regiões tradicional­mente industrializadas da Europa, da América do Norte e do Japão, surgiram várias outras: no sudeste do Brasil; nas regiões em torno de Buenos Aires e da Cida­de do México; em Pretória e em Johannesburgo, na África do Sul; no leste da China; no sudeste da Ásia e nos tigres asiáticos.
As trajetórias da industrialização dos NIC's não foram as mesmas, mas se apoiaram em políticas industriais nas quais a participação do Estado foi decisiva.
No caso dos países latino-americanos, como Brasil, México e Argentina, a industrialização baseou-se na substituição de importações e posteriormente na internacionalização do mercado.
Nas principais crises econômicas mundiais do século XX, particularmente na de 1929, os países da América Latina viram-se impossibilitados de importar as mercadorias fabricadas no mundo industrializado. Além disso, diante da conjuntura desfavorável à exportação de produtos agrícolas não-essenciais, os investimentos passaram a se destinar à produção local de manufaturados. Os bens de consumo que antes eram importados passaram a ser produzidos pelas antigas nações importadoras. Daí o nome dado ao pro­cesso de industrialização desses países: ISI (Indústria Substitutiva de Importação).
Após a década de 50, as práticas substitutivas apoiaram-se na internacionalização do mercado. Brasil, Argentina e México atraíram os investimentos internacionais co­mo forma de acelerar o desenvolvimento industrial.
As políticas industriais de atração dos investimentos estrangeiros ofereciam mão-de-obra barata, investimentos estatais em infra-estrutura de transpor­te, energia e processamento de matérias-primas essenciais à instalação industrial. Os incentivos fiscais, a participação nos mercados internos sem a necessidade de transpor barreiras alfande­gárias, e a facilidade de remessa de lucros eram atrativos tentadores às empresas estrangeiras
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