sexta-feira, 31 de agosto de 2007

SUBDESENVOLVIMENTO



Subdesenvolvimento



Essa classificação, países subdesenvolvidos, divide cerca de duzentos países em dois grupos. Essa classificação passa uma idéia de que o subdesenvolvimento é um estágio para o desenvolvimento. O subdesenvolvimento e desenvolvimento são realidades resultantes do processo do capitalismo. Com a exploração colonialista e imperialista houve uma transferência de riquezas das colônias para as metrópoles. Ou seja, hoje os países desenvolvidos eram as os que exploravam e recebiam riquezas das colônias no passado. O capitalismo da mesma forma que gerou desigualdades dentro de cada país, gerou desigualdades entre os países. Com isso podemos dizer que para haver uma inversão nisso tudo, ou seja, os países que hoje são classificados como subdesenvolvidos serem desenvolvidos, deveríamos voltar o tempo e fazer tudo ao contrário. Mas acabaria dando no mesmo, pois para um país crescer ele deve explorar outro.Ainda é possível que um outro país subdesenvolvido consiga se desenvolver. Coréia do Sul e Cingapura são um exemplo disso. Daí muitas é preferível a denominação não-desenvolvidos, que nos transmite melhor a idéia de que são países que não estão indo para o desenvolvimento.O mundo todo desenvolvido não é só impossível por razões econômicas, mas também por fatores ambientais. Simplesmente podemos dizer que, do ponto de vista ecológico, o padrão de desenvolvimento que há nos países ditos desenvolvidos é insustentável.Alguns países porem, como o Brasil e a Índia, são em vários aspectos (produção industrial, disponibilidade de recursos naturais, potencial de mercado interno, como exemplo) mais ricos que alguns países ditos desenvolvidos.Os países do Golfo Pérsico que são produtores de petróleo, possuem rendas per capita que estão entre as mais altas do mundo. Entretanto, a sua riqueza está concentrada na minoria da população, por isso não podem ser considerados países desenvolvidos. O Brasil, que também possui uma renda média alta, possui uma das piores distribuições do mundo, por isso é considerado um país subdesenvolvido.Sendo assim, para se analisar o índice de desenvolvimento de um país e a qualidade de vida da população é necessário além dos indicadores econômicas, os indicadores sociais (expectativa de vida, analfabetismo, etc.) e os indicadores políticos. A ONU tem levantado o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de quase todos os países, tendo um relatório mais preciso da qualidade de vida das populações. Não se deve falar apenas do antagonismo entre os países ricos e pobres, mas também dos problemas internos de cada país, que contribui em muito para os países subdesenvolvidos continuarem como estão.Nos países subdesenvolvidos, o Estado deixa de fazer muitas de suas atribuições básicas para satisfazer os desejos da classe social ou grupo étnico dominante.Nos países desenvolvidos é comum a ajuda do Estado, com incentivo fiscais, concessão de subsídios aos mais diversos grupos econômicos ligados ao poder. Essa situação foi mais para gerar lucros a setores de empresariados nacionais, até mesmo multinacional, do que para gerar crescimento econômico. Essas medidas são prejudiciais pois prejudicam o mercado consumidor, que paga mais caro por produtos e serviços que nem sempre são de boa qualidade. Divisão Internacional do Trabalho.Após a Segunda Guerra Mundial, a economia mundial voltou a crescer num ritmo mais acelerado do que antes. Dentro dessa nova paisagem de prosperidade surgiram as empresas chamadas de multinacionais ou transnacionais. Elas assumiram grandes proporções, formaram conglomerados que se espalharam pelo mundo, até em países subdesenvolvidos e recém-independentes, como a África do Sul. Essas empresas passaram a atuar no final do século XIX e meados do século XX.Mas porque essas empresas atuam fora dos limites de seus países de origem?Porque querem melhores negócios, maior renda para o capital, maior lucratividade. Isso é que explica o fato de alguns países terem se industrializado nesse período.Os países subdesenvolvidos permitem boa lucratividade a essas empresas devido a fatores como:

» Mão-de-obra abundante e barata;
» Fontes de matéria-prima e energia estão disponíveis a baixo custo;
» Mercado interno em crescimento;
» Facilidades de exportação e remessa de lucros para as sedes no exterior;
» Incentivo fiscais e subsídios governamentais;
» Ausência de legislação de proteção ao meio ambiente, ou facilidade em busca-la.
Esses fatores contribuem muito para a alocação de investimento no exterior.Essas vantagens não são encontradas em todos os países e nem todas juntas no mesmo país.Assim nem todos os países se industrializam. Muitos deles começaram a ser exportadores de produtos industrializados aos poucos deixaram de serem apenas exportadores de matéria-prima. Mas, pelo menos no momento, não é possível classifica-los como países desenvolvidos. Estão incluídos numa nova divisão internacional de trabalho (DIt)

A Guerra Fria

A Guerra Fria

A Guerra Fria foi a designação atribuída ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991).É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo conflito mundial por se tratar de duas superpotências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético.Com o final da Segunda Guerra Mundial, estabeleceu-se uma política global bipolar, ou seja, centrada em dois grandes pólos (denominadas na época superpotências): EUA e URSS. Formadas por ideais distintos, ambos os pólos de poder tinham como principal meta a difusão de seus sistemas políticos e culturais no resto do mundo
Os EUA defendiam a política
capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como resposta ao domínio burguês e solução dos problemas sociais.
Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos liderados cada um por uma das superpotências: a
Europa Ocidental e a América Central e do Sul sob influência cultural, ideológica e econômica estadunidense, e a maior parte da Ásia e o leste europeu, sob domínio soviético. O mundo estava assim polarizado em duas ideologias opostas: O Capitalismo e o Comunismo

NOVOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS

NOVOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS

A partir dos anos 50, passou a ocorrer uma intensificação no processo de expansão das multinacionais em direção a diversas regiões do mundo. Com esse processo, a produção industrial, até então concentrada na Europa, no Japão, nos Estados Unidos e no Canadá, passou a se disseminar por vários países.
Num primeiro momento, os países sub­desenvolvidos que mais receberam filiais das multinacionais foram Brasil, Argentina, México e África do Sul, todos com grande mercado consumidor e com capacidade de processamento de algumas matérias-primas necessárias às multinacionais. Posterior­mente, a partir de meados da década de 60, tal processo de expansão das multinacionais e disseminação da atividade industrial atingiu a Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura. Todos esses países que passaram por um processo de industrialização mais intensa após a década de 50 recebem a denominação de NICs (Newly Industrialized Countries). Mais recentemente ainda, a partir dos anos 80, outros países do sudeste asiático começaram a ter, gradativamente, a indústria como um setor importante da economia. É o caso da Malásia, da Tailândia e da Indonésia.
Se observarmos em um mapa, as áreas de maior concentração industrial não se restringem mais aos países desenvolvidos do hemisfério Norte. Fora das regiões tradicional­mente industrializadas da Europa, da América do Norte e do Japão, surgiram várias outras: no sudeste do Brasil; nas regiões em torno de Buenos Aires e da Cida­de do México; em Pretória e em Johannesburgo, na África do Sul; no leste da China; no sudeste da Ásia e nos tigres asiáticos.
As trajetórias da industrialização dos NIC's não foram as mesmas, mas se apoiaram em políticas industriais nas quais a participação do Estado foi decisiva.
No caso dos países latino-americanos, como Brasil, México e Argentina, a industrialização baseou-se na substituição de importações e posteriormente na internacionalização do mercado.
Nas principais crises econômicas mundiais do século XX, particularmente na de 1929, os países da América Latina viram-se impossibilitados de importar as mercadorias fabricadas no mundo industrializado. Além disso, diante da conjuntura desfavorável à exportação de produtos agrícolas não-essenciais, os investimentos passaram a se destinar à produção local de manufaturados. Os bens de consumo que antes eram importados passaram a ser produzidos pelas antigas nações importadoras. Daí o nome dado ao pro­cesso de industrialização desses países: ISI (Indústria Substitutiva de Importação).
Após a década de 50, as práticas substitutivas apoiaram-se na internacionalização do mercado. Brasil, Argentina e México atraíram os investimentos internacionais co­mo forma de acelerar o desenvolvimento industrial.
As políticas industriais de atração dos investimentos estrangeiros ofereciam mão-de-obra barata, investimentos estatais em infra-estrutura de transpor­te, energia e processamento de matérias-primas essenciais à instalação industrial. Os incentivos fiscais, a participação nos mercados internos sem a necessidade de transpor barreiras alfande­gárias, e a facilidade de remessa de lucros eram atrativos tentadores às empresas estrangeiras
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Blocos econômico

Blocos econômico

Blocos Econômicos são reuniões de países que têm como objetivo a integração econômica e/ou social. Podem ser classificados em quatro categorias distintas:
Áreas ou Zonas de Livre Comércio
Uniões Aduaneiras
Mercados Comuns
União Monetária
Essa classificação remete às diversas etapas do desenvolvimento dos blocos económicos que, em sua origem, pode ser associada ao estabelecimento da
Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA) pela Alemanha Ocidental, Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo em 1956. Essa organização seria a base do que futuramente constituiu a União Europeia.Adam Smith já havia percebido que a divisão do trabalho é a razão do aperfeiçoamente econômico por permitir uma maior produtividade do trabalho. Um fenômeno semelhante ocorre com os países, caracterizando a moderna Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Por essa ótica, a melhor forma de garantir a prosperidade das nações é o livre comércio de bens e serviços, de modo a cada área produzir aquilo em que obtem a melhor produtividade marginal.Os blocos econômicos surgiram nesse contexto com o propósito de permitir uma maior integração econômica dos países membros visando um aumento da prosperidade geral.A fase inicial caracteriza-se, normalmente, pela constituição de uma Área de Livre Comércio, que tem como objetivo a isenção das tarifas de importação de produtos entre os países membros. Deste modo, um artigo produzido num país poderá ser vendido noutro sem quaisquer impedimentos fiscais, respeitando-se apenas as normas sanitárias ou outras legislações restritivas que eventualmente apareçam.Numa União Aduaneira, os objetivos são mais amplos, abrangendo a criação de regras comuns de comércio com países exteriores ao bloco.
Alguns Blocos Econômicos
ALBA - Alternativa Bolivariana para as Américas ,
ALCA - Área de Livre Comércio das Américas
APEC - Asia-Pacific Economic Cooperation
ASEAN - Associação das Nações do Sudeste Asiático
Comunidade Andina de Nações
SADC - Comunidade da África Ocidental ou Comunidade de Desenvolvimento da África Aústral
ALCOM - Acordo de Livre Comércio do Oriente Médio.
Mercosul - Mercado Comum do Sul
NAFTA - North America Free Trade Agreement
União Européia
Tigres asiáticos

O Socialismo


O Socialismo


Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris). Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele é somente com a queda da burguesia que será possível a ascensão dos trabalhadores. A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como a União Soviética ( atual Rússia ), a China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov ( final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política ( Glasnost e Perestroika ) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental. Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.

Capitalismo e Sistema Capitalista


Capitalismo e Sistema Capitalista


Capitalismo é o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos. No sistema capitalista, as padarias, as fábricas, confecções, gráficas, papelarias etc., pertencem a empresários e não ao Estado. Nesse sistema, a produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. O capitalista, proprietário de empresa, compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter um excedente denominado lucro. No capitalismo, as classes não mais se relacionam pelo vínculo da servidão (período Feudal da Idade Média), mas pela posse ou carência de meios de produção e pela livre contratação do trabalho e/ou tabalhadores. São chamados capitalistas os países cujo modo de produção dominante é o capitalista. Neles coexistem, no entanto, outros modos de produção e outras classes sociais, além de capitalistas e assalariados, como artesãos e pequenos agricultores. Nos países menos desenvolvidos, parte da atividade econômica assume formas pré-capitalistas, exemplificadas pelo regime da meia ou da terça, pelo qual o proprietário de terras entrega a exploração destas a parceiros em troca de uma parte da colheita. Outros elementos que caracterizam o capitalismo são a acumulação permanente de capital; a geração de riquezas; o papel essencial desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros; a concorrência, a inovação tecnológica ininterrupta e, nas fases mais avançadas de evolução do sistema, o surgimento e expansão das grandes empresas multinacionais. A divisão técnica do trabalho, ou seja, a especialização do trabalhador em tarefas cada vez mais segmentadas no processo produtivo, é também uma característica importante do modo capitalista de produção, uma vez que proporciona aumento de produtividade. O modelo capitalista também é chamado de economia de mercado ou de livre empresa. A primeira fase de expansão do capitalismo confunde-se com a revolução industrial, cujo berço foi a Inglaterra, de onde se estendeu aos países da Europa ocidental e, posteriormente, aos Estados Unidos. A evolução do capitalismo industrial foi em grande parte conseqüência do desenvolvimento tecnológico. Por imposição do mercado consumidor os setores de fiação e tecelagem foram os primeiros a usufruir os benefícios do avanço tecnológico. A indústria manufatureira evoluiu para a produção mecanizada, possibilitando a constituição de grandes empresas, nas quais se implantou o processo de divisão técnica do trabalho e a especialização da mão-de-obra. Ao mesmo tempo em que se desencadeava o surto industrial, construíram-se as primeiras estradas de ferro, introduziu-se a navegação a vapor, inventou-se o telégrafo e implantaram-se novos progressos na agricultura. Sucederam-se as conquistas tecnológicas: o ferro foi substituído pelo aço na fabricação de diversos produtos e passaram a ser empregadas as ligas metálicas; descobriu-se a eletricidade e o petróleo; foram inventadas as máquinas automáticas; melhoraram os sistemas de transportes e comunicações; surgiu a indústria química; foram introduzidos novos métodos de organização do trabalho e de administração de empresas e aperfeiçoaram-se a técnica contábil, o uso da moeda e do crédito.